Em assuntos de amor são os loucos quem tem mais experiência. Sobre o amor, não perguntes nada aos sensatos: os sensatos amam sensatamente, o que equivale a nunca ter amado.O que ama quer a felicidade do outro. Por isso se preocupa com o outro e não com o seu próprio bem estar. O outro transforma-se no objecto dos pensamentos, sentimentos e desejos, da sua esperança e dos seus anseios. Não só vive com ele mas também para ele. Quer que o outro possa apoiar-se em si, fazer-lhe um bem.Não ser amado é uma simples desventura.Quando o amor enche o coração, não deixa nele lugar para mais nada. Nem para o ódio, nem para o rancor, nem para o orgulho.Purifica o teu coração antes de permitires que o amor entre nele, pois até o mel mais doce azeda num recipiente sujo.Amor puro e incondicional, que se sobrepõe às falhas do amado, é provavelmente a maior dádiva dos céus.Se uma pessoa diz a outra que a ama, a própria linguagem supõe a expressão "para sempre". Não tem sentido dizer: - Amo-te, mas provavelmente só durará uns meses, ou uns anos, desde que continues a ser simpática e agradável, ou eu não encontre outra melhor, ou não fiques feia com a idade. Um "amo-te" que implica "só por algum tempo" não é um amor verdadeiro. É antes um "gosto de ti, agradas-me , sinto-me bem contigo, mas de modo algum estou disposto a entregar-me inteiramente, nem a entregar-te a minha vida.A entrega do corpo é a expressão dessa entrega total da pessoa. Porque o meu corpo sou eu, não é uma coisa externa, um agasalho ou uma máquina que eu uso, mas sou eu próprio. Precisamente por isso, o amor conjugal autêntico inclui, por si, o "até que a morte nos separe". O matrimónio é entregar-se para sempre; entregar o corpo sem se entregar para sempre seria prostituição, a utilização da própria intimidade como objecto de troca: dar o corpo em troca de algo (ainda que esse algo seja o enamoramento), sem ter entregado a vida.Não tenhas medo de sofrer. O sofrimento só dói quando não há um sentido que o ilumine, quando não se reveste de amor. Se eu for coxo e cada um dos meus passos me doer, mesmo assim hás-de de ver-me a correr encosta acima, se desse modo me aproximar de quem amo, se lá em cima um filho estiver a precisar de mim. Se reparares bem, notarás que não sofro com as dores que tenho, que os meus olhos brilham, que sorrio.Não confundir o amor com a paixão dos primeiros momentos, que pode desaparecer. O verdadeiro carinho cresce na medida em que os dois estão mais unidos, porque partilham mais. Mas para partilhar é preciso dar. Dar é a chave do amor. Amor significa sempre entrega, dar-se ao outro. Só pelo sacrifício se conserva o amor mútuo, porque é preciso aprender a passar por alto os defeitos, a perdoar uma e outra vez, a não devolver mal por mal, a não dar importância a uma frase desagradável, etc. Por isso o amor também significa exceder-se, fazer mais do que é devido.Amar é dizer sim do fundo do próprio ser, e com todas as suas consequências à pessoa querida; ajudar a descobrir e conquistar a plenitude que a fará feliz; e tudo isto mediante a entrega de tudo o que cada um é, pode, tem, deseja, sonha... e necessita.Ama e faz o que quiseres. Se calares, calarás com amor; se gritares, gritarás com amor; se corrigires, corrigirás com amor; se perdoares, perdoarás com amor. Se tiveres o amor enraizado em ti, nenhuma coisa senão o amor serão os teus frutos.Para fazer uma obra de arte não basta ter talento; não basta ter força; é preciso também viver um grande amor.Sucede que o amor do casamento é de tal forma que não admite meias-tintas: se existe é para sempre. Se aquilo que se entrega não é tudo, esse amor não tem a qualidade necessária para se tornar no fundamento de uma família. Não pode ser alicerce nem raiz. Não será fecundo. Dará frutos apodrecidos, como, infelizmente, temos verificado tantas vezes.O amor não admite o cálculo. Não faz contas. O amor é louco.O amor ordenado não ama o que não deve, nem deixa de amar o que deve. Não ama mais o que deve amar menos, nem ama menos o que deve amar mais. Não ama por igual o que deve amar mais ou menos, nem ama mais ou menos o que deve amar por igual.O amor não se conjuga no passado: ou se ama para sempre, ou nunca se amou verdadeiramente.A falta de amor é a maior de todas as pobrezas.Onde não há amor, põe amor e tirarás amor.O amor é a sua própria compensação.
"Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, sou como um bronze que soa, ou como um címbalo que tine. E ainda que eu tivesse o dom da profecia e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e tivesse toda a fé, até ao ponto de transportar montanhas, se não tivesse amor, não seria nada. E, ainda que distribuísse todos os meus bens para sustento dos pobres, e entregasse o meu corpo para ser queimado, se não tivesse amor, nada me aproveitaria."
(Carta de S. Paulo aos Coríntios)
É fácil amar os que estão longe. Mas nem sempre é fácil amar os que vivem ao nosso lado.Talvez tenhas sofrido pressões, influências, e estejas a falhar a interpretação do amor. É que não há amor que seja fácil. Se te acenam com um assim, é porque ele é falso.O amor não se rouba nem se compra. Não há amor verdadeiro, e portanto feliz, senão entre pessoas que dispõem livremente de si próprias para se darem à outra.O amor, no seu conjunto, não se reduz à emoção nem ao sentimento, que não são senão alguns dos seus componentes. Um elemento mais profundo, e de longe o mais essencial de todos, é a vontade, que tem o papel de modelar o amor no homem.Amor e desejo são coisas diferentes. Nem tudo o que se ama se deseja e nem tudo o que se deseja se ama.Quando se quer bem a uma pessoa a presença dela conforta. Só a presença, não é necessário mais nada.Tornas-te eternamente responsável por aquele que cativas.
"O amor é paciente, é bondoso; a amor não é invejoso, não é arrogante, não se ensoberbece, não é ambicioso, não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não guarda ressentimento pelo mal sofrido, não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta."
(Carta de S. Paulo aos Coríntios)
Sem amor a delicadeza não existe, porque é precisamente o amor que inventa as mil maneiras de fazer a vida agradável.Não confundas o amor com o delírio da posse, que acarreta os piores sofrimentos. Porque, contrariamente à opinião comum, o amor não faz sofrer. O instinto de propriedade, que é o contrário do amor, esse é que faz sofrer. (...) Eu sei assim reconhecer aquele que ama verdadeiramente: é que ele não pode ser prejudicado. O amor verdadeiro começa lá onde não se espera mais nada em troca.Só o amor pode manter aquilo que deve a existência ao amor. E o amor não tem nada a ver com direitos. Leva a não pensar em si mesmo, ao sacrifício saboroso pelo outro, a esquecer os próprios interesses.O amor pede apenas o direito de não ter direitos. Quer perder-se no outro, morrer dando vida, gastar-se iluminando e aquecendo. Troca-se de bom grado por um sorriso feliz de quem ama.Este género de união, criada e alimentada pelo sacrifício, tem o nome de amor. E não existe amor sem sacrifício. E não há outra coisa a que tão propriamente se possa chamar amor como à decisão desinteressada de tornar feliz outra pessoa custe o que custar.Às vezes, quando o desejo nos impele, amar é espontâneo, mas muitas vezes significa escolher amar, decidir amar. Caso contrário, o amor não passaria de emoção, de superficialidade, ou até de egoísmo, e não aquilo que é na sua essência profunda: algo que compromete a nossa liberdade.O amor é uma actividade, não um afecto passivo; é um acto de firmeza, não de fraqueza... é propriamente dar, e não receber.A grande escola é o amor: as exigências do amor levam a grandes heroísmos. Quando a amor é verdadeiro, o sacrifício não dói; o amor faz estimar como bem próprio aquilo que é um dever.
"Não há amor sem sofrimento - sem o sofrimento da renúncia a si mesmo, da transformação e purificação do eu para a verdadeira liberdade. Onde não houver algo pelo qual valha a pena sofrer, também a própria vida perde o seu valor."
"Não há amor sem sofrimento - sem o sofrimento da renúncia a si mesmo, da transformação e purificação do eu para a verdadeira liberdade. Onde não houver algo pelo qual valha a pena sofrer, também a própria vida perde o seu valor."
(Bento XVI)
Os homens descobriram há muitos séculos que o amor é o mais importante de tudo; que é ele que move o mundo; que é ele que guia os passos dos humanos; que nada mais interessa. Mas temos assistido a uma mudança subterrânea: continuaram a dar a mesma importância ao amor, mas mudaram subtilmente o conteúdo da palavra. Chamaram amor a outras coisas, à superfície do amor, à escória do amor.Construíram uma mentira gigantesca.Têm chamado amor a coisas nas quais não conseguimos descobrir senão egoísmo, equilíbrio de egoísmos, negócio.o caso ideal, também não se dirá "amo-te pela tua beleza, pela tua inteligência, pela tua força, pela tua suavidade", pois assim querer-se-ia só alguma coisa do outro (alguma coisa que indubitavelmente é digna de ser amada) mas ainda não se amaria a outra pessoa por si mesma, tal como é. No caso ideal, dever-se-ia dizer "Amo-te por seres como és". Então, sim, amar-se-ia o outro por ele próprio, através de todas as adversidades da vida, as doenças, a velhice e até da morte.Há dois tipos de pessoas, porque há duas formas de amor. Um amor santo, outro egoísta. Um se preocupa com o bem comum em favor do entendimento mútuo e da fraternidade espiritual, o outro procura submeter o bem comum ao próprio bem, satisfazendo a arrogância e a ânsia de domínio; um é submisso a Deus, enquanto o outro trabalha para igualar-se a Deus. Enquanto um trabalha pela paz, o outro é insubordinado; um prefere a verdade às honras humanas, o outro anseia pelos louvores, ainda que sejam falsos; um é amigo, o outro é invejoso; um deseja para o próximo o mesmo que deseja para si, o outro deseja submeter o próximo a si mesmo; um ajuda os demais interessado neles, o outro se interessa por si mesmo.Quem vive obcecado com a posse de prazeres e bens materiais não tem acesso aos prazeres da alma. Passa ao lado do bem e da beleza e do amor. Porque escolheu um nível para a sua vida - o mais cómodo - e escolher uma coisa é sacrificar as outras. Não é possível alcançar o topo da montanha e, simultaneamente, permanecer deitado à sombra lá em baixo.O amor é um alquimista. Um apaixonado é quase sempre aquele que, tendo encontrado um pedaço de carvão, o guarda ciosamente no bolso dizendo: «é um diamante!».Um homem pode pertencer todo a Deus, todo ao pai, todo à mãe, todo ao rei, todo à nação, todo aos filhos, todo aos amigos, de modo que pertencendo todo a cada um, não deixa de pertencer a todos. Isto é assim quando a obrigação que nos dá todo a uns não se opõe à que nos dá todo a outros.Não há amor que não exija coragem. E é também certo que se o teu amor for verdadeiro - e não uma forma disfarçada de procurares a tua satisfação pessoal - terás toda a coragem de que necessitas. Tu ainda não sabes o que és capaz de fazer! Não imaginaste, sequer, aquilo que há para além da curva do medo! Tens andado a fugir... de ti e da felicidade.O amor é o sentimento dos seres imperfeitos, posto que a função do amor é levar o ser humano à perfeição.Só havia três coisas sagradas na vida: a infância, o amor e a doença. Tudo se podia atraiçoar no mundo, menos uma criança, o ser que nos ama e um enfermo. Em todos esses casos a pessoa está indefesa.Quem diz que amou só porque sentiu prazer não entende nada de amor. Porque quer colher, enquanto o amor é uma força que leva a semear.Quem dá porque quer receber, ou quem se dá só enquanto dar não dói, é um comerciante. Calcula. O que equivale a dizer que nunca amou. E que a pessoa amada é uma mercadoria - sujeita, como as mercadorias, a critérios de qualidade e a prazos de validade.
Os homens descobriram há muitos séculos que o amor é o mais importante de tudo; que é ele que move o mundo; que é ele que guia os passos dos humanos; que nada mais interessa. Mas temos assistido a uma mudança subterrânea: continuaram a dar a mesma importância ao amor, mas mudaram subtilmente o conteúdo da palavra. Chamaram amor a outras coisas, à superfície do amor, à escória do amor.Construíram uma mentira gigantesca.Têm chamado amor a coisas nas quais não conseguimos descobrir senão egoísmo, equilíbrio de egoísmos, negócio.o caso ideal, também não se dirá "amo-te pela tua beleza, pela tua inteligência, pela tua força, pela tua suavidade", pois assim querer-se-ia só alguma coisa do outro (alguma coisa que indubitavelmente é digna de ser amada) mas ainda não se amaria a outra pessoa por si mesma, tal como é. No caso ideal, dever-se-ia dizer "Amo-te por seres como és". Então, sim, amar-se-ia o outro por ele próprio, através de todas as adversidades da vida, as doenças, a velhice e até da morte.Há dois tipos de pessoas, porque há duas formas de amor. Um amor santo, outro egoísta. Um se preocupa com o bem comum em favor do entendimento mútuo e da fraternidade espiritual, o outro procura submeter o bem comum ao próprio bem, satisfazendo a arrogância e a ânsia de domínio; um é submisso a Deus, enquanto o outro trabalha para igualar-se a Deus. Enquanto um trabalha pela paz, o outro é insubordinado; um prefere a verdade às honras humanas, o outro anseia pelos louvores, ainda que sejam falsos; um é amigo, o outro é invejoso; um deseja para o próximo o mesmo que deseja para si, o outro deseja submeter o próximo a si mesmo; um ajuda os demais interessado neles, o outro se interessa por si mesmo.Quem vive obcecado com a posse de prazeres e bens materiais não tem acesso aos prazeres da alma. Passa ao lado do bem e da beleza e do amor. Porque escolheu um nível para a sua vida - o mais cómodo - e escolher uma coisa é sacrificar as outras. Não é possível alcançar o topo da montanha e, simultaneamente, permanecer deitado à sombra lá em baixo.O amor é um alquimista. Um apaixonado é quase sempre aquele que, tendo encontrado um pedaço de carvão, o guarda ciosamente no bolso dizendo: «é um diamante!».Um homem pode pertencer todo a Deus, todo ao pai, todo à mãe, todo ao rei, todo à nação, todo aos filhos, todo aos amigos, de modo que pertencendo todo a cada um, não deixa de pertencer a todos. Isto é assim quando a obrigação que nos dá todo a uns não se opõe à que nos dá todo a outros.Não há amor que não exija coragem. E é também certo que se o teu amor for verdadeiro - e não uma forma disfarçada de procurares a tua satisfação pessoal - terás toda a coragem de que necessitas. Tu ainda não sabes o que és capaz de fazer! Não imaginaste, sequer, aquilo que há para além da curva do medo! Tens andado a fugir... de ti e da felicidade.O amor é o sentimento dos seres imperfeitos, posto que a função do amor é levar o ser humano à perfeição.Só havia três coisas sagradas na vida: a infância, o amor e a doença. Tudo se podia atraiçoar no mundo, menos uma criança, o ser que nos ama e um enfermo. Em todos esses casos a pessoa está indefesa.Quem diz que amou só porque sentiu prazer não entende nada de amor. Porque quer colher, enquanto o amor é uma força que leva a semear.Quem dá porque quer receber, ou quem se dá só enquanto dar não dói, é um comerciante. Calcula. O que equivale a dizer que nunca amou. E que a pessoa amada é uma mercadoria - sujeita, como as mercadorias, a critérios de qualidade e a prazos de validade.
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